Ontem tive a oportunidade de acompanhar a abertura do 1º Circuito Matogrossense de motocros, a competição em si foi bastante competitiva, pois quem esteve la, amantes ou nao de velocidade puderam acompanhar disputas emocionantes entre alguns pilotos da região.
Após a corrida, vi, que existe nas dependencias da Motódromo Municipal Ismael Donassan, um local onde as pessoas se reunem para ouvir música, dançar e beber. A "Tenda", como é conhecido o local, fica próximo ao portão de saida do Motódromo e o que vi retrata mais ou menos o que descreveu, no texto abaixo, meu amigo de infancia José Bomfim, que reside em Santa Bárbara do Oeste, até parece que houve transmissão de pensamento, acompanhem o que ele escreveu:
Observando a vida e seus costumes, deparo com a diversão dos jovens de hoje em dia; baladas e mais baladas; e por detrás dessas noitadas, rolando todo tipo de coisas, ruins e boas, criminosas e inocentes. Eu vejo jovens de tenra idade que ainda vivem às custas dos pais, infiltrados em bandos na night como se o compromisso com a vida fosse somente a “diversão”.
Posso garantir de antemão que nenhum daqueles inocentes ou perversos, são felizes, eles buscam cada vez mais a felicidade e não encontram. Eles acham que na penumbra das casas noturnas, ou num aglomerado de jovens curtindo som funk, ou num emaranhado de fios e luzes psicodélicas encontrarão a felicidade. Não encontrarão. É... ela às vezes finge estar por ali, quando se traveste de droga, finge estar no beijo daquele naquela de lábios ardentes, ou na dança esfregatória das novinhas no pavio dos malacos! Os frequentadores buscam o prazer naturalmente,mas como tudo nessa vida é efêmero, esta busca nem sempre se faz presente, aí buscam a compensação no prazer da bebida, nas drogas pesadas, nos roncos dos carros barulhentos e muitos perdem a sua dignidade através do vício e pelo vício.
Aí já não há referencia de família, moças e rapazes que antes eram pessoas distintas, começam a enveredar por caminhos sinuosos até encontrarem a cadeia ou a morte prematuramente. Nesse caminho além de jovens tenros, encontramos eternos jovens velhos de 30 a 40 anos que ainda vivem na dependência dos pais.
Estes são os piores, são solteiros e geralmente não trabalham em emprego fixo, são aquelas pessoas que não estão nem aí pra vida, que dela já nada esperam e se jogam de corpo e alma, arrastando como numa enxurrada os que estiverem por perto. Conheço muita gente assim, que falam com a boca cheia que estão aproveitando a vida! Mas como assim? Sem estudar, sem trabalhar, vivendo miseravelmente às custas dos outros? Vivendo de beleza? Ah...Sexo, drogas, bebedeira e rock and roll, não alimentará ninguém para sempre. A velhice chega pra todo mundo, amanhã os curtidores de hj estarão sós, todos enrugados pelo tempo e aí não haverá asilo pra tanta gente necessitada.
Dá pra se viver comedidamente e a felicidade que tanto se busca aos poucos se fará presente, experimentando aos poucos do que a vida nos oferece, seja de dia ou de noite, é preciso saber selecionar. Acho que todo mundo tem direito a tudo, até a errar uma vez, mas viver em função do fracasso, sistematicamente, É UMA ROUBADA.
Por - José Bomfim
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