Os dirigentes da FIFA mandaram um duro recado para as autoridades brasileiras envolvidas na execução das obras da Copa do Mundo de 2014. O último prazo para a entrega dos estádios vence no dia 31 de dezembro. Nenhum dia a mais. Esse é o limite da tolerância da FIFA.
Só para relembrar, Mato Grosso havia prometido entregar o seu estádio em dezembro de 2012. O dinheiro para a construção da obra é do BNDES, portanto não faltam recursos. As autoridades da Secopa e o governador Silval Barbosa alegam que o fato de MT não ter sido incluído na Copa das Confederações diminuiu o ímpeto para a conclusão da obra.
Nada fica bem explicado no governo Silval. Se o dinheiro existe e está disponível, porque não acelerou as obras? É uma indagação que o governo não consegue responder com alguma coerência. Essa desculpa da Copa das Confederações é inaceitável. O governo do Estado acredita que em outubro entrega a obra, no final do mês. Por aí já dá para perceber que qualquer imprevisto nos retira a condição de sub sede da Copa do Mundo. Aliás, para ser correto se as obras forem mantidas nesse ritmo não teremos Copa.
INDAGAÇÕES NECESSÁRIAS
Embora a FIFA tenha feito a declaração, apenas em relação às obras do principal estádio de todas as cidades sub sedes, há que se indagar sobre a possibilidade de não estarem concluídas as obras que são matrizes de responsabilidade da FIFA. Fazem parte das exigências da FIFA as seguintes obras:
1 – Conclusão do Aeroporto Internacional Marechal Rondon em Várzea Grande. A última etapa não foi iniciada.
2 – Construção de dois centros de treinamentos, um em Várzea Grande e outro na Universidade Federal. Os dois mini estádios não foram iniciados ainda. Haverá tempo? A FIFA não exige também a conclusão dessas obras para dezembro?
3 – A construção do FanPark, também exigência da FIFA é outra obra não iniciada.
Essas obras que fazem parte das exigências imprescindíveis da FIFA também deverão ser cobradas na inspeção que a FIFA fará em dezembro. Resta ainda a informação que, tecnicamente a Copa pode ser realizada com apenas oito sub sedes e existem doze credenciadas pela entidade. Se houver a desclassificação de até quatro cidades, a Copa ainda se realiza no Brasil, sem atropelos. Não dá para imaginar perder essa oportunidade. Todos torcem pelo sucesso do governo de Mato Grosso, mas está claro que o cartão postal que imaginávamos estariam as cidades de Cuiabá e Várzea Grande não vai existir mais, pois dificilmente as obras estarão todas prontas. O VLT é quase certeza de fracasso. Nenhum engenheiro bota a cara para dizer: fiquem tranquilos.
O Rayel, secretário de comunicação de Silval, que ainda ontem desmentia o vereador Dilemário bem que poderia em nome do governo apresentar a Cuiabá e Mato Grosso, o engenheiro que garante tecnicamente que as obras do VLT estarão prontas.
A conclusão mais que óbvia: se o estádio não estiver pronto em dezembro, Mato Grosso estará fora da Copa do Mundo, conforme ameaça a FIFA.
Fonte Blog do Antero
Fonte Blog do Antero



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