O deputado Oscar Bezerra, que é o presidente da CPI
A articulação do ex-deputado na definição do modal e demais obras da copa foi comparada ao esquema do PT comandando pelo José Dirceu
O ex-deputado estadual
José Riva (sem partido) foi apontado como sendo o “grande lobista do
VLT”. A afirmação foi feita pelo presidente da CPI, que apura
irregularidades nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá, deputado estadual
Oscar Bezerra (PSB), ao programa de rádio, Jornal da Capital, nesta
manhã (6). O parlamentar chegou a comparar Riva com o ex-ministro
petista José Dirceu, preso e investigado em vários esquemas de corrupção
no governo federal.
Durante o processo de
escolha do modal e das demais obras de infraestrutura visando o mundial
de 2014, o então deputado Riva teria sido um dos principais
articuladores junto ao governo Silval Barbosa (PMDB), na troca do BRT
(Bus Rapid Transit) para o VLT.
Fase da CPI
"Hoje falar em
política, Assembleia Legislativa e CPI envolvendo obras da Copa,
representa um descrédito gigantesco entre a população, mas vamos mudar
isso”, observou Bezerra, ao esclarecer as fases de apuração da Comissão
Parlamentar de Inquérito.
O deputado Oscar
Bezerra explicou que no momento a CPI realiza um resgate histórico, ou
seja, está na fase de construção do “antes Copa do Mundo”, pois para
ele todo indício de direcionamento fraudulento teria ocorrido lá atrás,
nos projetos e contratações.
“Eu tenho passado até
por ruim dentro da Assembleia com os deputados, uma vez que nenhum outro
tinha ido depor em Comissão de Inquérito. Era um protecionismo
gigantesco. E não tenham dúvidas, a comissão responsável pelo
acompanhamento das obras da copa do mundo terá que fazer os
esclarecimentos em tempo oportuno”, ressaltou.
O deputado também foi
questionado no programa de rádio sobre a presença de deputados da
legislatura passada na CPI. Segundo ele, apesar de ter sido líder do
governo na Assembleia, nos governos Blairo e Silval, a presença do
deputado Mauro Savi (PR), como relator da CPI, não é vista como um
problema para o presidente da Comissão. “Eu não posso fazer um prejulgamento do colega nesse sentido. Eu não acredito que qualquer
relator tenha possibilidade de mudar o contexto das oitivas e das
investigações”, defendeu.
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