Gaeco denúncia 24 pessoas, inclusive, Riva que está preso e ainda pode pegar 45 anos de detenção
O Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco, ingressou na tarde
desta quarta (21) com nova denúncia contra o ex-presidente da Assembleia
José Riva, pelos crimes de constituição de organização criminosa,
peculato, falsidade ideológica e coação no curso do processo. O
ex-parlamentar pode ser condenado a até 45 anos de prisão. Além dele
outras 23 pessoas foram denunciadas.
Conforme a denúncia, de 2010 até agora os investigados constituiram e
integraram uma organização criminosa estruturalmente ordenada e
caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de saquear os
cofres públicos, notadamente os recursos do Parlamento.
De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Marco Aurélio, o dinheiro
desviado servia para o pagamento de despesas pessoais de Riva, como o
combustível da aeronave particular e pagamento de honorários
advocatícios.
Além disso, o ex-deputado teria usado parte do montante para
pagamento de “mensalinho” a políticos e lideranças políticas do
interior. A distribuição de “mimos”, como uísque, pagamento de festas de
formatura, jantares e massagistas também entram da lista.
Etapas
A denúncia faz parte da Operação Metástase, deflagrada em setembro,
com a prisão de 22 pessoas. Segundo o MP, no grupo existiam dois
empresários e 20 servidores, todos lotados na presidência da Assembleia
quando Riva comandava a Mesa Diretora. Alguns deles, na época das
prisões, ainda estavam lotados em gabinetes do Legislativo.
Em seguida, após colher documentos e depoimentos, o Gaeco desencadeou
uma nova operação, denominada “Célula Mãe”. Na ocasião, a juíza da 7ª
Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, decretou a prisão de Riva
juntamente com os servidores que eram ligados a ele, Geraldo Lauro,
Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral, Manoel Marques.
Conforme as investigações, a maioria dos servidores presos durante a
primeira fase da operação efetuou saques em dinheiro, em agências
bancárias. Em seguida, os valores oriundos da verba de suprimentos eram
entregues, em espécie, a Maria Helena e Geraldo, que eram chefes de
gabinete de Riva. (Com Assessoria)
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