Gaeco denuncia Riva e 23 por desvio de dinheiro; pena é de até 45 anos

Publicado por Unknown | quinta-feira, 22 de outubro de 2015 | 04:00

Gaeco denúncia 24 pessoas, inclusive, Riva que está preso e ainda pode pegar 45 anos de detenção

O Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco, ingressou na tarde desta quarta (21) com nova denúncia contra o ex-presidente da Assembleia José Riva, pelos crimes de constituição de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e coação no curso do processo. O ex-parlamentar pode ser condenado a até 45 anos de prisão. Além dele outras 23 pessoas foram denunciadas.

Conforme a denúncia, de 2010 até agora os investigados constituiram e integraram uma organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com o objetivo de saquear os cofres públicos, notadamente os recursos do Parlamento.

De acordo com o chefe do Gaeco, promotor Marco Aurélio, o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas pessoais de Riva, como o combustível da aeronave particular e pagamento de honorários advocatícios.

Além disso, o ex-deputado teria usado parte do montante para pagamento de “mensalinho” a políticos e lideranças políticas do interior. A distribuição de “mimos”, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas também entram da lista.

Etapas
A denúncia faz parte da Operação Metástase, deflagrada em setembro, com a prisão de 22 pessoas. Segundo o MP, no grupo existiam dois empresários e 20 servidores, todos lotados na presidência da Assembleia quando Riva comandava a Mesa Diretora. Alguns deles, na época das prisões, ainda estavam lotados em gabinetes do Legislativo.

Em seguida, após colher documentos e depoimentos, o Gaeco desencadeou uma nova operação, denominada “Célula Mãe”. Na ocasião, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, decretou a prisão de Riva juntamente com os servidores que eram ligados a ele, Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral, Manoel Marques.

Conforme as investigações, a maioria dos servidores presos durante a primeira fase da operação efetuou saques em dinheiro, em agências bancárias. Em seguida, os valores oriundos da verba de suprimentos eram entregues, em espécie, a Maria Helena e Geraldo, que eram chefes de gabinete de Riva. (Com Assessoria)

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