Vereadores contestam envolvimento em suposto esquema

Publicado por Unknown | quarta-feira, 28 de outubro de 2015 | 11:56

Os vereadores Nosllen da Silva Moraes (PCdoB) e Marcos Rodrigues Costa (PSD), que tiveram seus nomes citados numa matéria do jornal A Semana, dando conta de uma trama que teria o propósito de ganhar a presidência da Câmara Municipal de Baliza (GO) em 2014, negaram à reportagem que tenham participado da manobra, que foi uma armação para manchar a conduta política de cada um deles perante a opinião pública local.

Nosllen Moraes frisou que tudo isso não passa de atritos políticos e que não teve acesso à gravação clandestina onde foi citado no esquema de compra de votos para a eleição da Mesa Diretora. “Se houve tentativa de compra de votos eu não sei, nunca participei de nenhum esquema, eu tenho minha conduta política a zelar”, disse.

Seu colega de parlamento Marcos Costa, que foi candidato à presidência da Câmara no final do ano passado diz que desconhece essa história. Marcos ressalta que a denúncia é falsa e foi, segundo disse, “uma retaliação” a sua pessoa, a Nosllen e a Devadir Matias Valadão (PSC) depois que ele fez uma denúncia em julho do ano passado ao Ministério Público dando conta de suposta empresa fantasma da então presidente da Câmara de Vereadores, Jicélia Ferreira da Silva (DEM).

Nosllen completa que chegou a depor no Ministério Público em Aragarças, por sua promotora Ana Carla Dias Lucas Mascarenhas, no início do ano passado. Como a denúncia era falsa, segundo disse, o vereador Uigmar Antônio de Paulo (PT) renunciou em 26 de março à presidência da CPI na Câmara e por determinação do juiz Bruno Leopoldo Borges Fonseca, foi suspensa a sessão de julgamento que estava prevista para o dia 31 de março.

O CASO
Os vereadores Nosllen, Marcos, Devadir e o suplente Cairo Carvalho de Rezende foram acusados, no início do ano, de falta de decoro parlamentar pelo fato de terem sido citados numa gravação clandestina de suposta compra de votos. A gravação foi feita por Abrão Cardoso da Silva, marido da vereadora Derany Barros Santos Silva (PTN).

A Comissão Parlamentar de Inquérito, que votaria ou não pela cassação do mandato dos vereadores, foi extinta por falta de fundamento. Mas o imbróglio político de Baliza não se extinguiu com a CPI, uma vez que um Inquérito Civil Público foi instaurado em face da conduta parlamentar da ex-presidente da Câmara de Baliza, Jicélia Ferreira da Silva.

Jicélia foi acusada de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e que teria utilizado mão de obra de pelo menos três servidores da prefeitura que atuaram na obra de sua residência como pedreiros. A ex-presidente é também acusada pelo contrato de uma empresa individual de informática de um servidor público daquele município, Adriano Rodrigues de Paiva, entre outros.

Marcos perdeu a eleição à presidência da Câmara para Windhia Fernandes (PT). Contudo, a operação para envolver Marcos, Nosllen, Devadir e o suplente Cairo parece ter invertido a posição e aponta agora ao rumo daqueles que tentavam incriminá-los, a começar por quem acessava a tecla do gravador, Abrão Cardoso da Silva.

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