Os
vereadores Nosllen da Silva Moraes (PCdoB) e Marcos Rodrigues Costa
(PSD), que tiveram seus nomes citados numa matéria do jornal A Semana,
dando conta de uma trama que teria o propósito de ganhar a presidência
da Câmara Municipal de Baliza (GO) em 2014, negaram à reportagem que
tenham participado da manobra, que foi uma armação para manchar a
conduta política de cada um deles perante a opinião pública local.
Nosllen
Moraes frisou que tudo isso não passa de atritos políticos e que não
teve acesso à gravação clandestina onde foi citado no esquema de compra
de votos para a eleição da Mesa Diretora. “Se houve tentativa de compra
de votos eu não sei, nunca participei de nenhum esquema, eu tenho minha
conduta política a zelar”, disse.
Seu
colega de parlamento Marcos Costa, que foi candidato à presidência da
Câmara no final do ano passado diz que desconhece essa história. Marcos
ressalta que a denúncia é falsa e foi, segundo disse, “uma retaliação” a
sua pessoa, a Nosllen e a Devadir Matias Valadão (PSC) depois que ele
fez uma denúncia em julho do ano passado ao Ministério Público dando
conta de suposta empresa fantasma da então presidente da Câmara de
Vereadores, Jicélia Ferreira da Silva (DEM).
Nosllen
completa que chegou a depor no Ministério Público em Aragarças, por sua
promotora Ana Carla Dias Lucas Mascarenhas, no início do ano passado.
Como a denúncia era falsa, segundo disse, o vereador Uigmar Antônio de
Paulo (PT) renunciou em 26 de março à presidência da CPI na Câmara e por
determinação do juiz Bruno Leopoldo Borges Fonseca, foi suspensa a
sessão de julgamento que estava prevista para o dia 31 de março.
O CASO
Os
vereadores Nosllen, Marcos, Devadir e o suplente Cairo Carvalho de
Rezende foram acusados, no início do ano, de falta de decoro parlamentar
pelo fato de terem sido citados numa gravação clandestina de suposta
compra de votos. A gravação foi feita por Abrão Cardoso da Silva, marido
da vereadora Derany Barros Santos Silva (PTN).
A
Comissão Parlamentar de Inquérito, que votaria ou não pela cassação do
mandato dos vereadores, foi extinta por falta de fundamento. Mas o
imbróglio político de Baliza não se extinguiu com a CPI, uma vez que um
Inquérito Civil Público foi instaurado em face da conduta parlamentar da
ex-presidente da Câmara de Baliza, Jicélia Ferreira da Silva.
Jicélia
foi acusada de improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e que
teria utilizado mão de obra de pelo menos três servidores da prefeitura
que atuaram na obra de sua residência como pedreiros. A ex-presidente é
também acusada pelo contrato de uma empresa individual de informática
de um servidor público daquele município, Adriano Rodrigues de Paiva,
entre outros.
Marcos
perdeu a eleição à presidência da Câmara para Windhia Fernandes (PT).
Contudo, a operação para envolver Marcos, Nosllen, Devadir e o suplente
Cairo parece ter invertido a posição e aponta agora ao rumo daqueles que
tentavam incriminá-los, a começar por quem acessava a tecla do
gravador, Abrão Cardoso da Silva.
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